Introdução
A empregabilidade é uma palavra relativamente nova e há varias definições. A que mais gosto é aquela que diz que é o quanto você é desejado pelo mercado, isto é, não é apenas você ter capacidade de ter emprego sempre, é sobretudo você ser disputado pelo mercado em que trabalha.
Há dois pilares que sustentam a empregabilidade de uma pessoa. O primeiro, é o conjunto de capacidades técnicas em sua área de especialidade e o segundo, o conjunto de capacidades comportamentais, principalmente aquelas relacionadas à inteligência emocional e o saber trabalhar em equipe.
Competências x Capacidades
Caro leitor, note que estamos aqui falando de capacidades e não somente competências. Competências compreendem conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para exercer uma determinada atividade, enquanto que capacidade vai além, aonde se considera a inclusão de virtudes humanas essenciais e a eficácia.
Não vamos tratar aqui neste post sobre as capacidades técnicas porque depende muito da área de especialidade da pessoa. Em relação ao pilar comportamental vamos fazer um recorte sobre a questão do autoconhecimento como fator determinante para manter a sua empregabilidade em alta.
Teste de Autoconhecimento
Para melhor refletir sobre o tema, responda a algumas perguntas. (1) Você sabe qual é o seu perfil comportamental natural dominante? (2) Qual é o seu estilo gerencial em termos de liderança e tomada de decisão? (3) Seu estilo de vendas, é mais orientado para abertura ou fechamento, gosta ou não de realizar atendimento ao cliente? (4) Você sabe qual o seu grau de inteligência emocional, isto é, se é mais orientado pela emoção ou pela razão? (5) Você conhece qual o grau de esforço em relação às competências comportamentais tais como orientação para resultado, resolução de problemas, pré-disposição para trabalho em equipe, autoconfiança, capacidade de negociação e várias outras competências avaliadas pelas organizações empregadoras? (6) Você sabe qual é o seu grau de resiliência ante às pressões típicas do trabalho?
Se você respondeu “não” para a maioria, saiba que você está cego em relação à forma em como as organizações o avalia, seja você que está empregado ou procurando emprego.
Indo um pouco mais além, você sabe como as pessoas que estão ao seu redor enxerga você? Você já pediu feedback a alguém sobre a sua forma de se comunicar, seu comportamento de uma forma mais geral, etc. Se você nunca teve feedback de outras pessoas, sejam seus pares, superiores ou subordinados, aí sim você está numa situação difícil.
Autoconhecimento e Empregabilidade
Um artigo publicado na Harvard Business Review (Toward a Career-Resilient Workforce, by Robert Waterman et all) salienta que: “Por uma força de trabalho resiliente para a carreira, nos referimos a um grupo de funcionários que não só se dedicam à ideia de aprendizagem contínua, mas também estão prontos para se reinventarem para acompanhar a mudança; que assumem a responsabilidade pela sua própria gestão de carreira; e, por último, mas não menos importante, que estão comprometidos com o sucesso da empresa. Para cada indivíduo, isso significa permanecer informado sobre as tendências do mercado e entender as habilidades e comportamentos que a empresa precisará no caminho. Significa ser consciente das próprias habilidades – dos pontos fortes e fracos de uma pessoa – e ter um plano para aprimorar o desempenho e a empregabilidade de longo prazo. Significa ter vontade e capacidade de responder de forma rápida e flexível às necessidades de negócios em mudança. E significa seguir em frente quando uma relação ganha-ganha não é mais possível”.
Por fim, o autoconhecimento é algo essencial não somente para os aspectos relacionados à vida profissional, como também para vida pessoal, isto é, a vida em família e em sociedade. Sendo assim, a melhor forma de você se reposicionar em relação a este tema é tomar uma atitude séria em busca do autoconhecimento. Para isto, não adianta se debruçar sobre livros de autoajuda ou procurar um guru espiritual porque, em termos de empregabilidade não será daí que virá a ajuda.
Neste caso, a ajuda vem de especialistas em life-coaching e executive-coaching com formação específica e, principalmente que tenham acesso às mais modernas plataformas digitais de avaliação de perfil comportamental e que tenham a devida certificação para darem devolutivas consistentes e ainda, se você preferir, construir um plano de ação de desenvolvimento.
Boa sorte!
Por: R. Ribeiro (consultor Business Class®)
Post originalmente publicado em 09/09/2017 | Atualizado em 17/08/2021